terça-feira, 24 de maio de 2011

Cuidado com a Língua Portuguesa nas Provas do Vestibular-2011 para as Universidades Federais.

Confirmado nesse dia 23/05:a Unb e a UFMG vão exigir que todos os seus candidatos façam, na segunda fase de seus respectivos vestibulares, provas discursivas de Português, Literatura e Redação.Alegam as duas instituições federais que se faz necessária uma melhor seleção dos candidatos visto que, até este ano, muitos universitários iniciavam os seus cursos superiores apresentando um grave déficit de domínio da gramática, da interpretação de textos e da elaboração escrita de seus pensamentos(=redação).A Unb, por exemplo, vai avaliar, nas provas de História de sua segunda fase, o desempenho do candidato nas questões discursivas no que se refere à Língua Portuguesa, avaliando a ortografia, a acentuação e a pontuação das questões discursivas de História.É, meus amigos, cada vez mais, as universidades serão mais rigorosas quanto à qualidade na formação do estudante antes de ingressar nas universidades, isto é, ainda no ensino médio. 

Alerta Sobre o ENEM-2011.

1) Atenção meus amigos, as inscrições para o vestibular do ENEM vão até 10 de Junho.O site para maiores informações é o seguinte:www.enem.inep.gov.br
NÃO vão se descuidar com o prazo e perder a inscrição:fiquem atentos!

2) A UNICAMP e a UFMG já confirmaram que usarão as notas obtidas no ENEM como bônus para compor as notas de seus candidatos.

3) Cadu e Sam esperam que este blog possa, de alguma forma, ajudá-los nessa corrida ruma ao sucesso.Usem e abusem desse blog que também é de vocês.
Abraços a todos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Africanas no Brasil. Debret.

Os textos sobre escravidão e sobre História Geral(Oriente Médio).

Os textos "Curiosidades Sobre A Escravidão", "O Tráfico de Escravos Para O Brasil" e "Ainda Um Pouco Mais Sobre o Oriente Médio", são de autoria do prof.Cadu.
Os comentários presentes abaixo das ilustrações(pinturas) de Debret e de Rugendas, são de autoria da prof. Samantha Pinheiro, além de todo o material acerca da escravidão no Brasil presentes nesse blog.

domingo, 22 de maio de 2011

Essa pintura de Rugendas retrata vários escravos de etnias diferentes, o que percebemos pelas diferentes tatuagens em seus corpos.

Valongo

Os comerciantes interessados em comprar escravos iam ao Valongo, feira de escravos, para escolher os indivíduos, tratados como mercadoria, coisa. O valor do escravo variava de acordo com a idade (jovens adultos valiam bastante), sexo (homens valiam mais) e saúde (uma das formas de verificar se o escravo era saudável consistia em olhar seus dentes - caso tivesse todos os dentes em bom estado o escravo valia mais).

Monumento a Zumbi dos Palmares

O que vocês pensam sobre o monumento existente no Rio de Janeiro, na Praça Onze, em homenagem a Zumbi dos Palmares ser uma cabeça espetada numa lança? Esse monumento valoriza Zumbi ou quem mandou matar Zumbi? Em Duque de Caxias, existe um monumento mais intressante sobre Zumbi, valorizando a figura de um guerreiro.

Praça Tiradentes

O que vocês acham de haver na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro, uma estátua equestre (montado em um cavalo) de D. Pedro I, justamnente neto de D. Maria I, que mandou matar Tiradentes?

Cruzadinha sobre Escravidão no Brasil

Responda às perguntas que se seguem e complete a cruzadinha com as respostas.
a) lei nº 3.353, que estabelecia a extinção da escravidão no Brasil: ___________
b) A casa de morada dos escravos: __________
c) Consistia em um grande pedaço de madeira retangular de 627 pés de comprimento aberto em duas metades presas em uma das extremidades por uma dobradiça de ferro com buracos maiores para a cabeça, e menores para os pés e mãos dos escravos: ______
d) Liberto, alforriado: _________
e) Aparelho de tortura, no qual  se prendiam, em dois pequenos anéis de ferro, as cabeças dos polegares da vítima, que eram então gradualmente comprimidas por meio de uma pequena chave de parafuso, até serem esmigalhadas: ___________
f) Prédios mandados construir pelo marquês do Lavradio, no ____________ para depósito de escravos.
g) Instrumento que prendia o pescoço do escravo numa argola de ferro, de onde saía uma haste longa, também de ferro, que se dirigia para cima, ultrapassando o nível da cabeça do escravo: ____________
h) Escravo que já aprendeu a língua, e o  serviço ordinário doméstico: __________
i) O castigo do ________foi instituído como pena do Código Penal e era aplicado ao escravo negro. O senhor requeria a aplicação da pena e obtinha uma autorização do intendente da polícia, que lhe dava o direito de determinar, segundo a natureza do delito, o número de chibatadas que este exigisse (de 50 a 200).
j) Castigo que consistia em bater na mão do escravo com palmatória de madeira e que por vezes chegava a destruir a mão: _________



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Autora: Samantha P. Cardoso.

ALGUNS CASTIGOS APLICADOS AOS ESCRAVOS.

Açoite: “- s. m. – 1. Instrumento feito com tiras de couro para castigar; chicote, azorrague. 2. Golpe, chicotada que se dá com o açoite. [...] O castigo do açoite foi instituído como pena do Código Penal e era aplicado ao escravo negro. O senhor requeria a aplicação da pena e obtinha uma autorização do intendente da polícia, que lhe dava o direito de determinar, segundo a natureza do delito, o número de chibatadas que este exigisse (de 50 a 200).”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano  Editorial, 1997. P. 16.

Anjinhos: “- s.m. pl.  – Diabólico aparelho de tortura, no qual  se prendiam, em dois pequenos anéis de ferro, as cabeças dos polegares da vítima, que eram então gradualmente comprimidas por meio de uma pequena chave de parafuso, até serem esmigalhadas. Quando se pretendia arrancar a um escravo uma confissão, submetiam-no aos terríveis anjinhos, cujo martírio levava a vítima a fazer qualquer declaração.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 28.

Bolo: “Castigo que consistia em bater na mão do escravo com palmatória de madeira e que por vezes chegava a destruir a mão.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 71.

Libambo: “No Brasil, porém, o libambo teve uma significação restrita: serviu para designar aquele instrumento que prendia o pescoço do escravo numa argola de ferro, de onde saía uma haste longa, também de ferro, que se dirigia para cima, ultrapassando o nível da cabeça do escravo. Esta haste ora terminava por um chocalho, ora por trifurcação de pontas retorcidas. [...] O castigo do libambo era para os negros que fugiam. O chocalho que dava sinal quando o negro andava, queria indicar que se tratava de um escravo fujão.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 232.

Tronco: “O mais antigo instrumento de suplício de negros na América. ‘Consistia em um grande pedaço de madeira retangular de 627 pés de comprimento aberto em duas metades presas em uma das extremidades por uma dobradiça de ferro com buracos maiores para a cabeça, e menores para os pés e mãos dos escravos.’ Funcionava abrindo-se as duas metades, colocando-se nos meios buracos o pescoço, os tornozelos ou os pulsos dos escravos, a serem torturados. Depois as duas metades eram fechadas por um grande cadeado.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 318.

Termos Relacionados à Escravidão

Abolicionismo: “-s. m. – Movimento dos que promovem  a abolição da escravatura, ou lutam por sua extinção.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 11.

Abolicionista: “1. Que ou quem prega a abolição da escravatura. 2. Diz-se de ou pessoa partidária ou defensora do abolicionismo.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 13.

Achaque: “s. m. (Do árabe axxaqui, enfermidade). Molestia habitual, má disposição do corpo, procedida de enfermidade; doença, oppressão, defeito, vicio, imperfeição; figuradamente: escusa, pretexto, motivo, razão apparente; dissabor, causa de desgosto.”
Fonte: VIEIRA, Frei Domingos. Grande Diccionario Portuguez ou Thesouro da Língua  Portugueza. 1º vol. 
Porto. 1871. P. 95.

Alforria: “s. f. (Do árabe alhorria; do verbo barra, libertar, dar carta de liberdade). Liberdade, remissão, resgate, concedido ao escravo pelo senhor.”
Fonte: VIEIRA, Frei Domingos. Grande Diccionario Portuguez ou Thesouro da Língua  Portugueza. 1º vol. 
Porto. 1871. P. 298.
Carta de alforria: “Título que comprovava  a libertação, a alforria do escravo.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 89.

Armazéns de escravos: “- Prédios mandados construir pelo marquês do Lavradio, no Valongo, para depósito de escravos.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 30.
Valongo: “No século XVIII o Rio de Janeiro se assemelhava a um porto africano. O Valongo tinha um jeito de Luanda. Era a maior feira de escravos de todo o Brasil, que exportava para São Paulo, Minas, Estado do Rio e Goiás.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 323.

Calabouço: “Lugar onde se aplicavam os castigos públicos de açoites.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 78.
Casa de correção: “Estabelecimento penal para escravos que tinha a seu encargo a aplicação das penas de açoites impostas pelos senhores. Era também o local de entrega de escravos fugidos encontrados pelos capitães-do-mato.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 90.

Crioulo: “1. Diz-se de ou indivíduo descendente de negros africanos, mas nascido no Brasil; preto. O negro brasileiro é assim comumente tratado pelos seus companheiros de cor.  2. Dizia-se de ou escravo nascido na casa do senhor.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 110.

Escravo ladino: “escravo que já aprendeu a língua, e o  serviço ordinário doméstico”.
Fonte: VIEIRA, Frei Domingos. Grande Diccionario Portuguez ou Thesouro da Língua  Portugueza. 3º vol.
Porto: Typographia de Antonio José da Silva Teixeira, 1873. P. 1247.

Forro: “Liberto, alforriado (dizia-se do escravo a quem o senhor dera a carta de libertação); negro forro.”
Fonte: SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Dicionário da Escravidão. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1997. P. 156.

Senzala: “O termo senzala tem sua origem no banto, tronco lingüístico de várias línguas da África centro-ocidental. Moraes e Silva, dicionarista de final do século XVIII, define-o como ‘no Brasil, a casa de morada dos pretos escravos’. O trabalho mais denso sobre o tema é o de Robert Slenes, Na senzala, uma flor, no qual o autor sugere que senzala, enquanto conjunto de moradias dos escravos, foi termo usado pelos africanos a partir do sentido inicial de ‘povoado’ ou ‘comunidade’.”
Fonte: VAINFAS, Ronaldo (org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. P. 670.

 ZUMBI

“Descendente dos guerreiros de Angola, o líder mais famoso de Palmares tem sua história carregada de lendas e mitos. Zumbi chegou a ser descrito como possuidor de ‘temperamento suave e habilidades artísticas’, antes de fugir para o mocambo, e parece que até os 15 anos foi criado do padre Melo.
O acerto feito entre Ganga Zumba e o governo de Pernambuco pretendia dar fim à guerra movida contra Palmares há cerca de 70 anos. O reduto dos escravos amotinados desafiava a classe senhorial e a administração metropolitana, e inúmeras expedições fracassaram no enfrentamento dos quilombolas. A liderança de Zumbi surgiu das dissidências causadas pelo acordo entre os palmarinos e o governo colonial. Aclamado chefe, Zumbi instalou-se em Palmares e manteve o estado de guerra. A partir da morte de Ganga Zumba, uma repressão implacável atingiu Palmares, que por sua vez multiplicou os ataques a povoações e plantações, na busca de escravos, armas e munições.
Zumbi acabou cercado e morto em 20 de novembro de 1695. Zumbi teve a cabeça decepada e enviada para o Recife. Resgatado pelos abolicionistas na segunda metade do século XIX, Zumbi tornou-se o herói da luta dos Negros contra a dominação escravista no Brasil. Já no século XX, o 20 de novembro, dia da morte de Zumbi, passou a ser o dia nacional da consciência negra.” Fonte: VAINFAS, Ronaldo (org). Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.  Páginas 593-594).

O Movimento Negro prefere valorizar o dia 20 de novembro (20/11/1695 - dia da morte de Zumbi dos Palmares) em vez do 13 de maio (13/05/1888 - dia da Abolição da Escravatura) porque busca-se enaltecer a participar dos escravos no movimento para fim da Escravidão no Brasil e não o papel da princesa Isabel.

Curiosidades Sobre a Escravidão No Brasil.

No Brasil colonial e também no período do Brasil Império(século XIX), possuir escravos era tão ou mais importante, do ponto de vista da afirmação do prestígio que um indivíduo poderia gozar naquela sociedade escravocrata, do que possuir terras.Ter muitos escravos era visto pela sociedade brasilera como sinal indiscutível de prosperidade material do  proprietário de escravos pois os escravos eram considerados "mercadoria muito valiosa".Um escravo que conseguia obter a sua alforria(liberdade) era chamado de negro forro ou apenas forro.Quando um forro, através da mineração ou de atividades comerciais, conseguia prosperar materialmente, uma das primeiras coisas que fazia, além de comprar belos sapatos e roupas, era comprar escravos para utilizá-los em suas atividades mercantis ou como escravos domésticos.Assim, o alforriado ou forro conseguia trazer para si uma forma de auto-afirmação dentro de uma sociedade extremamente desigual e injusta.

O Tráfico de Escravos para o Brasil.

Ao longo da História do Brasil Colonial e do Brasil Império, um enorme número de negros africanos foi trazido ao Brasil para servir de mão-de-obra nas plantations de cana-de-açúcar e, mais tarde(século XIX), nas grandes fazendas de café do Vale do Paraíba, na forma de trabalho compulsório(escravo).Para os africanos o mar era denominado "kalunga" e despertava neles um certo temor e admiração.Porém, ao serem capturados, geralmente por negros de outras etnias, e vendidos aos europeus(portugueses, holandeses, ingleses, etc...), os africanos negociados como "mercadorias valiosas", sabiam que iam fazer a travessia do "grande mar", isto é, a travessia do kalunga.No imaginário africano, essa travessia representava a morte, ou seja, a passagem do mundo dos vivos para o mundo dos mortos.

Ainda Sobre O Conflito Árabe-Israelense.

Neste mês de maio, em recente pronunciamento oficial na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, declarou que achava necessário, para agilizar o processo de paz no Oriente Médio, que Israel pensasse seriamente na possibilidade de recuar as suas fronteiras atuais para as fronteiras que o Estado Judeu possuía antes de 1967, isto é, antes da Guerra dos Seis Dias.Essa declaração oficial do governo norte-americano, maior aliado de Israel nos últimos 30 anos, deixou o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu numa situação bem delicada ou seja, bem incômoda diante do povo israelense na medida em que mexe com a soberania e com eventuais planos expansionistas dos israelenses neste início do século XXI.
Netanyahu e Barak Obama encontraram-se poucos dias depois dessa polêmica declaração do presidente norte-americano, em Washington, numa visita oficial do premier israelense à Casa Branca, em que Netanyhu tratou logo de afirmar "ser impossível" para o governo de Israel atender à sugestão do governo norte-americano.Deste modo, a perspectiva de paz no Oriente Médio, entre árabes e judeus parece estar longe de ser alcançada.

História Do conflito Árabe-Israelense.O Oriente-Médio Pós Segunda Guerra Mundial.

1) A Geografia da Palestina em 1947.


Em 1947, quando a ONU aprovou um plano de divisão da Palestina, esta possuía uma população de 1 milhão e 800 mil habitantes, dos quais 1 milhão e 300 mil eram árabes(palestinos) e 600 mil judeus, que seriam instalados em dois Estados: um judeu com 14.500 quilômetros quadrados(57% da área) e um palestino com 11.500 quilômetros quadrados(43% da área).Os países árabes, como o Egito, a Síria, o Líbano,etc, recusaram-se a aceitar o plano de partilha, aprovado pela ONU.

2) A criação de Israel e a Primeira Guerra Árabe-Israelense(1948-1949).

Em 1948 chegou ao fim o mandato brtânico na Palestina e, com a partida das tropas britânicas, foi proclamada a criação do Estado de Israel.O não-reconhecimento do novo Estado pela Liga Árabe(Egito, Líbano, Síria e Iraque) desencadeou a Primeira Guerra Árabe-Israelense(1948).A gerra de independência foi vencida por Israel que estendeu seu domínio a uma área de 20 mil quilômetros quadrados(75% da superfície da Palestina).O território restante foi ocupado pelos países limítrofes: a Cisjordânia foi anexada pela Transjordânia(que assim adotou o nome de Jordânia) e a Faixa de Gaza se tornou administração egípcia.
A principal consequência da guerra foi a fuga ou a expulsão de 900 mil palestinos das áreas incorporadas por Israel.O problema dos refugiados deu orígem à Questão Palestina, que se tornou, desde então, o ponto central do conflito árabe-israelense.

3) A Segunda Guerra Árabe-Israelense ou Guerra de Suez(1956).

Os choques na fronteira egípcio-israelense e a nacionalização do Canal de Suez pelo Egito, desencadearam, em 1956, a Segunda Guerra Árabe-Israelense.A vitória coube novamente a Israel que, apoiado por Grã-Bretanha e França, atacou o Egito e conquistou a Península do Sinai.A pressão conjunta dos Estados Unidos e da URSS, obrigou Israel a abondonar o Sinai e recuar para a fronteira de 1949, sendo a península ocupada por um contigente militar de paz enviado pela ONU.

4) A criação da Organização para a Libertação da Palestina(OLP) e a Terceira Guerra Árabe-Israelense(1967).

O conflito árabe-israelense agravou-se com a criação da Organização para a Libertação de Palestina, a OLP, em 1964, que deu início a uma guerra de guerrilhas(emboscadas, ataques-surpresa, etc.) contra Israel  com o objetivo de retomar os territórios palestinos ocupados por Israel e criar um Estado palestino.
Em 1967, a retirada das tropas da ONU da fronteira egípcio-israelense foi o estopim para a eclosão da Terceira Guerra Árabe-Israelense, conhecida também como Guerra dos Seis Dias e que terminou com a derrota dos países árabes que enfrentaram, isto é, Egito, Síria e Jordânia e a ocupação da Faixa de Gaza, do Sinai, das Colinas de Golã e da Cisjordânia por Israel.A ocupação desses territórios pelos judeus, produziu um novo êxodo palestino cujo número subiu em 1968 para 1 milhão e 600 mil refugiados.

5) A Quarta Guerra Árabe-Israelense ou Guerra do Yom Kippur(1973).

Esse novo avanço territorial de Israel desencadeou, em 1973, a Quarta Guerra Árabe-Israelense, conhecida como Guerra Do Yom Kippur(Dia do Perdão).A guerra, iniciada com um ataque simultâneo da Síria e do Egito contra Israel, levou à conquista da margem oriental do Canal de Suez por forças egípcias e chegou ao fim com um cessar-fogo imposto pelas superpotências aos países envolvidos.Em 1977, o presidente egípcio Anuar Sadat fez uma visita oficial a Israel como forma de manifestar a vontade do goveno Egípcio em ter  uma convivência pacífica com os israelenses.Mais tarde, em 1979, Sadat assinou com Israel um tratado de paz que devolveu ao Egito a Península do Sinai.


6) O Conflito Árabe-Israelense nos anos 90.

Terminada a Guerra do Golfo Pérsico(1991), os Estados Unidos fizeram aumentar as pressões sobre Israel e a OLP para a abertura de negociações de paz em busca de uma solução para a Questão Palestina.Após negociações secretas realizadas em Oslo(Noruega), foi assinado em 1993 um acordo de paz, em Washington, entre o governo israelense e os palestinos da OLP.Patrocinado pelo presidente norte-americano, Clinton e firmado pelo primeiro ministro israelense Yitzhak Rabin e pelo líder palestino Yasser Arafat, o acordo previa a instalação de um governo autõnomo, dirigido pela OLP, na Faixa de Gaza e na cidade de Jericó, na Cisjordânia.Gaza e Jericó foram desocupadas pelos israelenses e submetidas a uma administração palestina presidida por Arafat.
O recém-criado governo autônomo palestino deveria ser a primeira etapa de um processo gradual de retirada israelense da Cisjordânia que se concluiria num prazo de 5 anos.Em 1995, o primeiro ministro Rabin foi assassinado por um militante da ultra-direita israelense.Logo depois, o candidato do Partido Trabalhista, Shimon Perez, foi derrotado nas eleições por Benjamin Netanyahu do Likud, que se tornou chefe do governo israelense.A ascensão do governo conservador de Netanyahu, a retomada da política de implantação de colônias judaicas em territórios palestinos, assim como o ressurgimento de atentados terroristas contra populações civis israelenses, são as principais causas do entravamento das negociações de paz naquela região.

(Fonte:Costa, Luís César Amad e Mello, Leonel Itaussu A., in:"História Moderna E Contemporânea".Editora Scipione-São Paulo).