segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Rússia:História, Geopoltica e Geo-economia(Parte II).

                        "O regime comunista herdou o império dos czares e proclamou, em 1924, a URSS.O novo Estado multinacional organizou-se, oficialmente, como uma união de 15 repúblicas autônomas.
                         O núcleo da URSS era a Rússia, eslava e católica ortodoxa.A ocidente estendiam-se outras três repúblicas também eslavas e cristãs:a Bielorrússia, a Moldávia e a Ucrânia.Ao norte situavam-se os três Estados bálticos:a Estônia e a Letônia de maioria cristã protestante e Lituânia, de maioria católica romana.Ao sul, na região do Cáucaso, situavam-se as repúblicas católicas ortodoxas da Armênia e da Geórgia e a república muçulmana do Azerbaijão.Finalmente, na vasta Ásia Central muçulmana, submetida ao longo do século XIX, estava dividida em cinco repúblicas:Casaquistão, Usbequistão, Turcomenistão, Tajiquistão e Quirguistão.
                       O Estado soviético, construído pelos comunistas na Rússia eliminou a propriedade privada das empresas e da terra, estatizando os meios de produção e implantando a planificação econômica central.Mas o socialismo soviético evoluiu de modo muito diferente daquele previsto na doutrina marxista.Karl Marx(1818-1883), imaginava que o socialismo seria vitorioso nos países mais industrializados do planeta e que a cooperação entre eles geraria intenso desenvolvimento econômico.Contudo, a URSS permaneceu isolada até o final da 2ªGuerra Mundial(1939-1945) e o socialismo não se alastrou para a Europa Ocidental ou para os E.U.A.
                       No plano político, o Estado soviético assumiu a forma de uma ditadura de partido único, brutal e repressiva, na qual as liberdades de expressão e organização independente foram totalmente suprimidas.No plano econômico, o processo de modernização industrial do país, concentrou-se na indústria dos bens de produção e na indústria bélica à custa da produção de bens de consumo.
                       Após a 2ªGuerra Mundial, a URSS se tornou uma superpotência nuclear e o primeiro país a colocar um homem em órbita terrestre.Ela passou a produzir quantidades colossais de aço, cimento, equipamentos de transportes, máquinas industriais e tratores.Mas o consumo da população permaneceu muito abaixo dos padrões da Europa Ocidental e as empresas estatais revelaram-se pouco eficientes e incapazes de gerar inovações tecnológicas de uso civil.
                        Na letra da lei, as 15 repúblicas soviéticas tinham iguais direitos.Na prática, o poder político concentrava-se na Rússia e, tal como nos tempos dos czares, as outras repúblicas funcionavam como territórios periféricos.A língua russa era a oficial em toda a URSS e servia como idioma único da administração pública.
                        No governo de Josef Stalin, adotou-se a política de "russificação" das repúblicas consideradas estratégicas para a segurança da URSS, incentivando-se a migração de russos para os Estados bálticos, para a Ucrânia, Bielorrússia, Casaquistão e Usbequistão."
                       
                       
                                       

sábado, 20 de agosto de 2011

Chernobil - Ucrânia

Ficheiro:Chernobyl Nuclear Power Plant.PNG
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Chernobyl_Nuclear_Power_Plant.PNG 20/08/11 22:22

Cidade Fantasma de Chernobil - Ucrânia

Ficheiro:View of Chernobyl taken from Pripyat.JPG
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:View_of_Chernobyl_taken_from_Pripyat.JPG 20/08/11 22:10

acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclearde Chernobil (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União SoviéticaEuropa Oriental,Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima.[1] Grandes áreas da UcrâniaBielorrússia eRússia foram muito contaminadas,[2] resultando na evacuação e reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas.
Cerca de 60% de radioatividade caiu em território bielorrusso.
O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo sua expansão por muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países de RússiaUcrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil. É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por câncer, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com câncer da tireóide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente.[2] O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo.
O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que aradiação em altos níveis foi detectada em outros países. Segue um trecho do pronunciamento do líder da União Soviética, na época do acidente, Mikhail Gorbachev, quando o governo admitiu a ocorrência:


Usinas nucleares no mundo


http://www.sedentario.org/internet/mapa-das-usinas-nucleares-ao-redor-do-mundo-2-38583 20/08/11 22:15
Com toda essa cobertura em torno do possível vazamento radioativo nas usinas do Japão, toda a mídia do mundo acaba se voltando para discussões sobre esse tipo de produção de energia. No link acima tem um mapa interativo de todas as usinas do mundo, construídas, em construção, sua capacidade e sua produção elétrica.
Alguns dados desse mapa:
- Existem 442 reatores nucleares em 29 países.
- 65 usinas estão em construção.
- Os EUA tem 104.
- A França é o país mais dependente desta energia com 58 andares cobrindo 76% do consumo.
- Japão tem 54 reatores.

Mapa político da China

Mapa Político China
http://www.guiageo-china.com/mapas/mapa-politico.htm 20/08/11 22:09

Mapa político do Japão


http://www.worldmapfinder.com/Map_Detail.php?MAP=68136&FN=japan-map-cc-wc.jpg&MW=1285&MH=1357&FS=179&FT=jpg&WO=0&CE=2&CO=4&CI=0&IT=0&LC=9&PG=1&CS=utf-8&FU=http://www.sacred-destinations.com/japan/images/maps/japan-map-cc-wc.jpg&SU=http://www.sacred-destinations.com/japan/japan-interactive-map.htm 20/08/11 22:07

Mapa político dos Estados Unidos

Ficheiro:Unitedstatesmap.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Unitedstatesmap.png 20/08/11 22:05

Grande selo dos Estados Unidos

Ficheiro:US-GreatSeal-Obverse.svg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:US-GreatSeal-Obverse.svg 20/08/11 22:04

Mapa das zonas ocupadas na Alemanha em 1947 pelas tropas aliadas

Ficheiro:Map-Germany-1945.svg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Map-Germany-1945.svg 20/08/11 22:00

Mapa Político da Alemanha

Ficheiro:De-map.png

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:De-map.png 20/08/11 21:58

Brasão Alemanha

Ficheiro:Coat of Arms of Germany.svg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Coat_of_Arms_of_Germany.svg 20/08/11 21:57

Mapa Político da Rússia


http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u106721.shtml 20/08/11 21:53

Gasoduto da Rússia


http://www.russobras.com.br/econ/images/gas_1b.jpg 20/08/11 21:51

Brasão de armas - Rússia


Rússia: História, Geopolítica e Geo-economia (Parte I).

                          A "Grande Rússia".
                          "A Rússia atual é herdeira de um império que representou durante séculos o alicerce expansionista do cristianismo ortodoxo(Igreja Católica Ortodoxa) e depois, ao longo da maior parte do século XX, sob a forma de URSS, converteu-se na 'pátria do socialismo'.O passado continua a pesar sobre o presente:a Rússia não se enxerga como um Estado simplesmente, mas como um centro de poder político imperial.
                          A maior parte das repúblicas que formavam a URSS, ainda que formalmente soberanas e independentes, na verdade ainda gravitam a óbita política da Rússia. Não é por acaso que os governos russos utilizem a expressão 'exterior próximo' para fazer referência a essa esfera geopolítica na qual prevalece a vontade de Moscou.

                            A "terceira Roma".
                            Roma foi a primeira sede da Igreja Católica, o centro universal do cristianismo.A cidade de Constantinopla(hoje com o nome de Istambul), a capital do Império Bizantino, desempenhou o papel de "segunda Roma" na Europa, desde a queda do Império Romano Do Ocidente (476 dc) sob o impacto das invasões de tribos bábaras germânicas e dos hunos oriundos da Ásia sob a liderança de Átila.No final da Idade média, a queda de Constantinopla, em 1453, tomada pelos turcos otomanos, bloqueou a ligação do comércio marítimo entre o Ocidente (Europa) e o Oriente (África e Ásia).Esse fato histórico de extraordinária importância, privou o cristianismo ortodoxo de um centro do poder.Mas, pouco depois, sob a proteção do príncipe Ivan III, esse centro foi restabelecido em Moscou, a "terceira Roma".
                            Sob Ivan III, o trono russo passou a utilizar como símbolo a águia de duas cabeças que, no Império Bizantino, representava o duplo poder, político e religioso do imperador.
                            Ivan IV, o Terrível (1530-1584), intitulou-se oficialmente czar que significa "césar", título conferido aos imperadores romanos e também aos imperadores bizantinos.O poder imperial ergueu-se sobre a aliança entre os czares e os patriarcas da Igreja Católica Ortodoxa.
                            Sob o governo de Ivan IV, os russos capturaram o Estado islâmico de Kazan, no Vale do Rio Volga e iniciou-se a conquista da imensa Sibéria.A Rússia começa, ainda no século XVI, um império multinacional.Nos séculos seguintes, um movimento incessante de expansão territorial coduziria o Império Russo a combater a Polônia Católica, a ocidente, e o Império Turco-Otomano(muçulmano) ao sul, na Península da Anatólia.
                           Pedro, o Grande (1672-1725), derrotou os suecos e expandiu o território russo para o norte, conquistando acessos para o Mar Báltico e incorporando a Estônia e a Letõnia.Sob o seu reinado, a Rússia viveu um período de acelerada modernização e ocidentalização.No Golfo da Finlândia, junto ao Mar Báltico, ergueu-se São Peterburgo, a nova capital imperial, uma obra gigantesca, na qual atuaram arquitetos e escultores de diversos países europeus e que custou a vida de milhares de trabalhadores.
                          Catarina II(1729-1796) derrotou os poloneses, incorporando a Lituânia, a Bielorússia(Belarus) e a Ucrânia, e iniciou a conquista da região do Cáucaso.Sob o seu reinado, a Rússia firmou-se como grande potência européia.
                          Asssinando com a França a Paz de Tilsit (7 de julho de 1807), o czar russo, Alexandre I aderiu ao Bloqueio Continental criado por Napoleão com o objetivo de destruir economicamente a Inglaterra.Apesar de ter aderido ao bloqueio, a Rússia, que era um país predominante agrícola, foi obrigada a abondoná-lo em Dezembro de 1810.Enfretando grave crise econômica, a Rússia precisava trocar o excesso de sua produção de cereais por produtos industriais ingleses.Napoleão Bonaparte reagiu violentamente contra esse desrespeito russo às normas traçadas pela Paz de Tilsit.Assim, para obrigar o czar Alexandre I a prosseguir no bloqueio, decidiu então, em 1812, invadir a Rússia, organizando um exército composto de 600 mil homens e aproximadamente 190 mil cavalos.O "general inverno", como se costuma dizer, derrotou as forças napoleônicas.Dos 600 mil soldados franceses que partiram para a Rússia, somente 30 mil conseguiram retornar a Paris, famintos e esfarrapados.Portanto, os russos desempenharam um papel importante, decisivo nas Guerras Napoleônicas e na restauração dinástica na Europa(Congresso de Viena em 1815).
                         Contudo o poderoso império russo tinha estrutura frágil.Sua industrialização foi tardia, baseou-se em investimentos estrangeiros e permaneceu restrita a São Peterburgo, Moscou, Smolensk e umas poucas cidades em torno do Volga.O trabalho servil permaneceu até após a metade do século XIX e o meio rural russo conheceu sucessivas crises de fome e baixa produtividade.Em 1905, a derrota na Guerra Russo-Japonesa assinalou o início da crise do império russo e provocou levantes de operários nas duas grandes cidades do país
                          O colapso final decorreu do fracasso nos campos de batalha da 1ª Guerra Mundial (1914-1918). A invasão alemã na borda ocidental da Rússia, o desmanche do exército e  a ruína econômica desaguaram na revolução popular de Março de 1917 que derrubou o czar Nicolau II. Meses depois, em meio à turbulência política, sob a liderança de Vladmir Lênin, os bolcheviques(revolucionários comunistas) tomaram o poder.Entre 1918 e 1921, o novo regime enfrentou, numa guerra civil, as forças contra-revolucionárias (o exército "branco") que receberam apoio de potências extrangeiras como a Alemanha, a França, a Bélgica, a Holanda e a Inglaterra.A vitória bolchevique (exército 'vermelho') consolidou o êxito da Revolução Russa de 1917".

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Alemanha- História, geopolítica e geo-economia.

                         "Unificada em 1871, a Alemanha sempre foi uma potência bélica, comercial e com tedências a expandir os seus domínios no continente europeu.Além disso, tentou disputar a posse de impérios coloniais formados por França, Portugal e Inglaterra na África.Essa grande ambição levou o país a conflitos em 1914-1918(Primeira Guerra) e em 1939-1945(Segunda Guerra), dos quais saiu derrotado e humilhado.Essas derrotas resultaram em perda de territórios e na destruição do parque industrial alemão.Porém, a maior das punições foi a divisão do país após a Segunda Guerra.
                           Apesar de ter se industrializado um século depois da França e da Inglaterra, a Alemanha já tinha superado essas nações no fim do século XIX e liderava com os Estados Unidos, a introdução de tecnologias pós-modernas que caracterizaram a Segunda Revolução Industrial.Desde o início, a região industrial se formou na bacia dos rios Reno e Ruhr.O primeiro é a via de ligação da Alemanha com o Mar Do Norte, no segundo havia as ricas minas de carvão que atraíram indústrias para a região.
                            Para compreender melhor a reconstrução da Alemanha destruída pela guerra é preciso levar em conta que, de 1949 a 1990, existiram duas Alemanhas.Eram dois países diferentes, um de regime político socialista e economia planificada(Alemanha Oriental) e outro integrante do mundo capitalista(Alemanha Ocidental).Enquanto a Alemanha Oriental se perdia na burocracia e no atraso tecnológico da economia planificada, a Alemanha Ocidental reerguia a sua economia com a ajuda do Plano Marshall e participava da criação da Comunidade Econômica Européia, tornando uma das mais fortes potências do mundo capitalista.As duas Alemanhas passaram 40 anos em "mundos" diferentes.Reconheceram-se mutuamente na ONU na década de 1970, mas competiram em olimpíadas e copas do mundo em equipes próprias.Amigos e parentes viviam separados arbitrariamente, desde 1961, pelo Muro De Berlim que só seria derrubado em 1990.
                              A reunificação alemã aconteceu em 3 de Outubro de 1990, quase um ano após a queda do Muro De Berlim .O líder da Alemanha Ocidental, Helmut Kohl negociou a unificação com Mikhail Gorbachev(líder da URSS) e George Bush(presidente dos E.U.A), apesar da oposição do Reino Unido e da França que temiam a nova ascensão da potência européia mais beligerante do século XX.
                              Mesmo estando entre as economias mais fortes do mundo, a nova Alemanha enfrenta ainda grandes problemas de ajustamento e adaptação.Não se pode esquecer que os dois países, durante quarenta anos, seguiram orientações econômicas opostas e que a Alemanha Ocidental pagou as contas da reunificação, ou seja, teve de investir muito dinheiro para levantar a economia da Alemanha Oriental.A seguir, estão enumerados os principais problemas ocorridos no processo de reunificação das duas Alemanhas:
1) O baixo nível tecnológico das indústrias orientais levou à falência inúmeras fábricas que não suportaram a concorrência com as empresas ocidentais.
2) A falência dessas indústrias agravou o problema do desemprego.A competição no mercado de trabalho acabou por opor alemães ocidentais e alemães orientais.
3) As diferenças entre o lado ocidental e oriental, apesar de maciços investimentos na reunificação ainda são grandes..O índice de desemprego no leste é muito maior do que na antiga Alemanha Ocidental.

                          As Regiões Industriais da Alemanha.

                          A região mais industrializada do país continua sendo a Renânia, localizada na confluência dos rios Reno e Ruhr.Essa região forma a megalópole Reno-Ruhr que reúne cidades como Colônia, Dortmund, Essen, Düsseldorf e outras.Aí encontramos vários ramos industriais como o siderúrgico, o automobilístico, o petroquímico, o de mecânica de precisão, o eletroeletrõnico e o bélico.
                         Alguns centros urbanos isolados têm importância por sediarem fábricas de grandes multinacionais:
a) Em Stuttgart está o grupo Daimler-Benz(automóveis).
b) Em Munique, a Bayer(produtos químicos).
c) Em Wolfsburg, a Volkswagem(automóveis).
                          Outras regiões importantes estão concentradas em torno de cidades como Frankfurt(mercado financeiro), Hamburgo(principal porto), Bremen, Leipzig e Dresden, as duas últimas na ex-Alemanha Oriental."(Rigolin, Tércio Barbosa in:Geografia, Série Novo Ensino Médio".Editora Ática.São Paulo-2004).