segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mostra Do Conhecimento.Tema:Biodiversidade e Preservação do Meio ambiente-Preservação e Desenvolvimento.

                     "Do ponto de vista da humanidade, os domínios naturais representam patrimônios naturais.Eles desempenham funções ecológicas ligadas à regulação das temperaturas e dos regimes de chuvas e funções sociais, como espaços de valor econômico e espiritual(lugares sagrados).Mas a valorização econômica de novas terras para usos agrícolas e urbanos ou para a implantação de infraestruturas de transportes e de energia, provoca o recuo do meio natural e a degradação dos ambientes originais.

                     A preservação dos domínios e das paisagens naturais se tornou alvo de políticas públicas ainda no século XIX, quando foram criados os primeiros parques nacionais nos Estados Unidos.Naquela época, sob a influência de filósofos e escritores, se imaginava que a delimitação de áreas protegidas resguardariam exemplares de uma "natureza intocada" para fruição estética e para o lazer dos seres humanos.

                   Atualmente, sabe-se que, antes de tudo, trata-se de impedir a extinção em massa de espécies vegetais e animais, protegendo a biodiversidade do planeta.Sob essa perspectiva, a Unesco conduz um programa de reconhecimento de Reservas da Biosfera que já conta com mais de 500 áreas, em mais de uma centena de países, nas quais se procura conciliar a conservação de paisagens, ambientes e espécies com o desenvolvimento econômico e humano das populações que as habitam.

                  A noção de que os ambientes naturais são patrimônios da humanidade fixou-se recentemente na política e no direito internacionais, quando a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992( a Eco-92), adotou a Convenção Sobre Diversidade Biológica.O tratado recobre todos os sistemas ecológicos, espécies e recursos genéticos que são descritos como "uma responsabilidade comum da humanidade."As negociações do tratado geraram acesos debates.Os representantes dos países em desenvolvimento insistiram no fato de que, ao longo de seus processos de industrialização, os países desenvolvidos devastaram excessivamente os domínios e paisagens naturais.Com base nesse argumento, resistiram a sugestões de fiscalização externa do uso de seus territórios e enfatizaram a importância de respeitar a soberania nacional dos países.Como contrapartida da adoção de políticas de proteção de ambientes naturais, reivindicaram compensações financeiras e transferência de tecnologia

                Esses princípios foram adotados na Convenção(1992) que estabelece linhas gerais para a proteção da biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e uma justa distribuição de benefícios decorrentes da exploração comercial dos recursos genéticos.O documento final, contudo, caracteriza-se por sua generalidade e permite interpretações muito diferentes dos direitos e deveres dos Estados.

                Contrariando os interesses dos países em desenvolvimento, o tratado não faz referência direta ao sistema de patentes, que assegura o monopólio comercial sobre descobertas científicas aos detentores do conhecimento.Isso significa que grandes empresas farmacêuticas e de alimentos podem patentear tecnologias criadas com base em recursos genéticos explorados no estrangeiro.por outro lado, o tratado consagra as obrigações de partilhar os benefícios obtidos a partir dessas tecnologias e proporcionar acesso à biotecnologia para países onde se encontram as fontes dos recursos genéticos."
(Fonte-Magnoli, Demétrio in:"Geografia Para o Ensino Médio".Editora Saraiva.São Paulo.2010)

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